quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

DNA do Humor com Fábio Lins


Humorista, ator, roteirista, improvisador, diretor e redator... o entrevistado dessa semana aqui no DNA do Humor é o Fábio Lins! De Curitiba para o mundo, ele começou no Stand Up em 2007 e criou, junto com o humoristas Marco Zenni e Léo Lins, o Santa Comédia. Desde então, se apresentou em diversos programas de TV, como A Praça é Nossa, Quinta Categoria, Domingão do Faustão (no concurso Quem chega lá?) e no Programa do Jô! Atualmente, se apresenta com os melhores grupos de Stand Up do Brasil e com o seu solo Atira Sarro. Além disso, é um dos criadores do blog Comicozinho, que está no ar desde 2010! É, como vocês podem ver, o currículo do Fábio Lins é recheado de coisa boa! O cara é muito fera! Confiram a entrevista e divirtam-se =)

Como você entrou para esse universo do humor? 
Entrei por causa de uma ex namorada que era amiga de um grande humorista de Curitiba, o Fábio Silvestre. Ele me deu uma oportunidade e em seguida através dele fiz muitos shows com o Diogo Portugal. Fazia um personagem, não era stand up puro. Depois de uns dois anos fui fazer stand up mesmo e nunca mais parei. Meu primeiro show foi com 17 anos. Com 20 anos fundei junto com Leo Lins e Marco Zenni o Santa comédia, primeiro grupo só de stand up em Curitiba.



Você acha que no Brasil o humor ainda sofre restrição com determinados assuntos? Qual a sua opinião sobre a comédia na TV brasileira?
Sim sofre. Poder, talvez "sofrer" não seja a palavra correta. Acho que é natural. A gente costuma comparar o Brasil com os EUA." Lá fora tudo pode tudo é mais interessante, é mais livre", mas cada país tem sua história, temos lidar com os limites que a tv brasileira tem e é isso aí. Fazer o quê? A maioria dos programas é muito podado por causa da censura. Isso faz sentido, dependendo do horário que vai passar não pra tratar certos assuntos, pois tem uma família inteira vendo a tv, fica chato. Mas as vezes tem exagero de censura. Quando fui no Faustão por exemplo não podia falar "bunda". Sendo que atrás de mim tinha 30 bundas gigantes dançando sem parar. Tem muito hipocrisia nesse sentido. Não acho que o humor tem que ter censura, mas acho que tem ser avaliado se é engraçado ou não. Muitas vezes o humorista faz escolhas ruins, que não produzem risada, podem mesmo ofender alguém. E nessa hora acho que ele deve reconhecer o erro e não ficar se defendendo, dizendo que humor não tem limite e etc.

Você se sente mais a vontade atuando, improvisando, fazendo roteiros ou no Stand Up? Por que?
Gosto de tudo, por que? Algum problema? Hehehe... De verdade, gosto de tudo isso mesmo. Acho que o quê mais me surpreende e anima é o IMPROVISO. Mas gosto de tudo isso que você perguntou. Cada coisa é um processo diferente. É como saborear pratos diferentes, cada um tem um gosto, mas todos são bons. O improviso é mais diferente por que eu nunca sei qual gosto vai ter, as vezes pode até ser amargo, mas no outro dia é a coisa mais doce do mundo e por aí vai...



Como foi participar do Quem chega lá? Você acredita que concursos de humor na TV são importantes na carreira de novos humoristas? 
Foi muito bom. É a maior audiência da Globo! Foi incrível. E o mais legal era ser ao vivo! Isso dava uma puta adrenalina. Todo mundo lá me tratou super bem e a resposta do público é ótima. As pessoas reconhecem na rua, torcem por você, é lindo. Me senti bem lá. Acho que é importante sim. Ajuda a vender seu trabalho de uma forma que sozinho, nunca iria conseguir.



Na sua primeira apresentação você ficou muito nervoso?
Sim... óbvio.

Você já fez alguma piada que ninguém riu? Se sim, como se saiu dessa situação?
Já, várias vezes. Não da pra sair da situação, tem que simplesmente aceita-la e seguir em frente.

Qual foi o melhor show que você já fez na sua vida?
Foi em Cacoal RO! Sim em Rondônia, nesse ano! Fiz um puta show legal, com uma platéia muito generosa. O show que geralmente levaria uns 60 minutos teve uma hora e quarenta minutos de duração. Foi incrível.

Tem algum assunto que você não faria piada de jeito nenhum? 
Não sei dizer... Talvez não. Acho que qualquer assunto poder virar piada, fazendo de um jeito bem feito e n hora certa, pode-se rir de tudo, assim como pode-se chorar de tudo. É assim a vida, positivo e negativo.

Você altera seus textos de acordo com a cidade em que vai se apresentar ou a aceitação do público é a mesma no país inteiro?
Sim. Basicamente as platéias são de dois tipos. As que curtem piadas pesadas com palavrão e as que não. Então dependendo da platéia, altero. Estou a serviço deles.

Você já teve que lidar com alguma pessoa inconveniente na plateia? Nessas horas, o melhor é ignorar ou responder a altura?  
Várias vezes. É uma situação delicada. Tem que sentir na hora a coisa melhor a fazer. Já aconteceu de tudo comigo. Trabalhei 3 anos seguidos em bar com o Santa Comédia. Já ignorei platéia chata de gente conversando e já mandei calar a boca. Acontece de tudo. Geralmente quando a platéia é muito chata e você manda ela calar a boca todo mundo em volta aplaude.


Quem você indica para ser entrevistado aqui no DNA do Humor?
Marlei Cevada e Marcelo Marrom.










@fabiolins23
facebook
www.fabiolins.com.br


Esse foi mais um DNA do Humor! Espero que vocês tenham gostado! Aproveito pra agradecer por aqui o Fábio Lins por ter aceitado participar e arrasado nas respostas =) Valeu mesmo! Semana que vem tem mais, qualquer dúvida, crítica ou sugestões, por favor comentem aqui!

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