sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

DNA do Humor com Felipe Hamachi


E é com muito orgulho que eu apresento o entrevistado do DNA do Humor dessa semana... Felipe Hamachi! Hamachi é de São Paulo e um dos criadores do grupo de Stand Up Divina Comédia e do Podcast Péssima Ideia! Está no cenário do Stand Up Comedy desde 2008 e já se apresentou no Japão e nos Estados Unidos e foi entrevistado no Programa do Jô!
Bom, como sou suspeita para falar dele, já que acompanho e admiro seu trabalho faz um bom tempo, vamos à entrevista! Espero que gostem e se divirtam (:

Por que você resolveu entrar na carreira do Stand Up?
Entrei no stand-up quando vi que o movimento estava começando a rolar. Ninguém era famoso e eu só queria fazer parte daquele grupo de pessoas. Não tinha nem pretensões financeiras na época. Entrei para aprender a fazer o povo rir.



Na sua primeira apresentação você ficou muito nervoso?
Foi um dos dias mais atípicos da minha vida, nunca tinha ficado tão nervoso. Isso mexeu, de verdade, até com minhas funções intestinais no dia. E depois, o que fiz no palco não deixou de ser uma cagada, então ta tudo certo.

Por que você acredita que as pessoas se identificam tanto com o Stand Up Comedy?
As pessoas se identificam com stand-up porque esse é o nosso trabalho. Podemos simplesmente fazer rir ou podemos ser mais interessantes ainda e fazer rir com opiniões, histórias ou fatos comuns a nós e ao público. É mais divertido e faz com que sejamos lembrados.

Você acha que no Brasil o humor ainda sofre restrição com relação ao ‘politicamente correto’?
Com certeza sim, mas não só no Brasil. De forma bem geral, pra acontecer qualquer show, o humorista depende de alguém, seja ele um dono de bar, patrocinador, contratante de evento, emissora de tv ou seus parceiros. Não pega bem falar mal de nenhum deles. O humorista que diz que faz piada com tudo, na minha opinião, está iludido.

Quais são suas referências no humor?
Tenho muitas, mas só pra citar alguns atuais mais importantes: Chris Rock, Louie CK e Dave Chapelle.

Como você cria seus textos e se prepara para os shows?
A criação vem sempre da observação, então estou 24h observando o que acontece à minha volta que possa se tornar piada. Nunca tive o costume, mas estou aprendendo só recentemente a sentar numa mesa com o objetivo de produzir piadas. Acho mais difícil, mas tem dado muito certo.

Você acha que o humor no Brasil já atingiu seu ápice ou ainda tem muito espaço para conquistar?
Ainda tem muito espaço para conquistar. A chegada do Comedy Central ao Brasil, prevista para o começo de 2012, é um exemplo disso. Ainda estamos crescendo.



Você já fez alguma piada que ninguém riu? Se sim, como se saiu dessa situação?
Isso faz parte da vida de todo comediante... Mas temos algumas técnicas pra não cair no ridículo. Uma delas, que é provavelmente a que eu mais gosto, é fazer na hora uma piada em cima da piada sem graça, tirando sarro de mim mesmo.

Como foi fazer show no Japão? O público foi receptivo? Voltaria mais vezes?
Os shows no Japão foram fantásticos. Imagine que o acesso que eles tem à arte brasileira está praticamente limitado à uma ou outra emissora de tv nossa que chega lá. A oportunidade de ver um show de humor ao vivo em português é extremamente valiosa. Tanto que não atraimos só público brasileiro, tinha uma ou outra pessoa de origem diferente, como bolívia e peru. Foi o público mais receptivo que tive até hoje e quero muito voltar, estou só esperando a oportunidade certa.


Quem você indica para ser entrevistado aqui no DNA do Humor?
Indico o Nil Agra que chegou agora para morar aqui em São Paulo, mas já vivia de stand-up lá em Recife.













E esse foi mais um DNA do Humor =) Quero muito agradecer ao Hamachi por ter aceitado participar e arrasado nas respostas! Espero que vocês tenham gostado e semana que vem tem mais! Qualquer dúvida, crítica ou sugestão, por favor, enviem aqui!

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