sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

DNA do Humor com Osvaldo Barros


E para terminarmos bem o ano, o último entrevistado de 2011 aqui no DNA do Humor é o Osvaldo Barros! [pausa para as palmas] Diretamente dos palcos da Rede Record, onde participa do Maratona do Humor, Osvaldo arranca risadas por onde passa desde 2008. Entrou para o mundo do humor ao integrar um grupo de palhaços voluntários (Brincatrapos), o que fez com que o interesse por essa arte aumentasse e no mesmo ano já estava iniciando no Stand Up Comedy! Hoje, o humorista faz parte do grupo Comédia Instantânea em Sorocaba e diverte plateias do país inteiro, seja com o Stand Up, o Improviso ou com seus personagens!
Sou fã desse cara faz um bom tempo e um pouco suspeita pra falar dele, então leiam e divirtam-se!

Como você entrou para esse universo do Stand Up Comedy? Por que você escolheu essa carreira?
Sempre me envolvi com artes, era palhaço, fazia teatro amador, até que comecei a ver uma galera bombando na internet: Diogo Portugal, Oscar Filho, Rafinha, Daniel, etc... Vi que haveria uma espécie de oficina do gênero aqui em minha cidade. No final da oficina fizemos uma apresentação que teve ótimo retorno de satisfação do público. Foi aí que comecei a me aventurar. Fui até Curitiba para participar de um festival de humor, meio que
sem querer, acabei vencendo. Chego de viagem e havia uma resposta do Oscar Filho no meu e-mail. Ele elogiava o vídeo de minha estreia, pois eu havia mandado pra ele. O mesmo me convidou para abrir um dos seus shows. Me empolguei tanto que convenci João e Fernando para montarmos um grupo, estamos aí a três anos.

Quais são suas referências no humor?
São muitas referências. No início eram Diogo Portugal e Oscar Filho, hoje já são muitos outros brasileiros (gosto muito do Fábio Porchat), além dos gringos: Seinfield, Bill Cosby. E de outros gêneros de humor, que não o stand up gosto de Monty Phyton, Mr Bean, Andy Calfmann, entre outros.

Na sua opinião, por que as pessoas se identificam tanto com o Stand Up?
Por tocarmos na ferida, falarmos muito do que muitos gostariam de falar mas se censuram. Falamos de coisas que acontecem com todo mundo, podemos exagerar, mas jamais mentimos. É tudo muito verdadeiro.

Você acredita que o humor sofre restrições aqui no Brasil?
Sim, na década de 80, TV Pirata e Os trapalhões faziam piada com tudo, inclusive piadas inter raciais. Hoje qualquer coisa é considerada ofensa.

Para você, qual é a diferença de fazer humor na televisão e no teatro?
Teatro é mais espontâneo, a reação é rápida, nada é editado, pois é um público muito restrito. Na TV é complicado, não se pode falar tudo, a gravação para diversas vezes, as vezes começa de novo, as vezes cancela tudo por um equívoco besta... Além do cuidado que temos que ter. A TV é muito ampla, outro dia uma
garotinha de 5 anos me reconheceu, olha o cuidado que tenho que tomar, pois na TV ela também é meu público. Ela que dificilmente iria me ver no teatro.

Como você cria seus textos e se prepara para os shows?
Os textos são criados cotidiamente. Cada um tem seu estilo, eu não sou do tipo que sente e diz "agora vou escrever", eu prefiro pensar e ir desenvolvento mentalmente. As vezes 5 minutos antes do show me surge uma ideia. A maioria das coisas que eu falo no palco é o que realmente penso e sempre pensei, coisas que eu mesmo já dizia desde a infância rs...

Você acha mais fácil fazer humor de personagens ou Stand Up?

É mais fácil escrever com stand up, porém no palco é mais fácil estar de personagem. A máscara ajuda a desinibir, a dar coragem.

Na sua opinião, o humor no Brasil já atingiu seu ápice ou ainda tem muito espaço pra conquistar?
Sempre há espaço, sempre há mudanças. Cada um tem a sua vez e se manterá em evidência aquele que for mais criativo e versátil.



Você que já veio para o Vale do Paraíba, o que achou do público daqui? É diferente fazer shows em grandes cidades e no interior?
O público dessa região sempre me recebeu muito bem, já fiz mais cheios outros mais vazios nessa região, mas sempre foram bem legais. Eu percebo diferença entre interior e capitais como São Paulo, Rio e Curitiba. A impressão que tenho que o público do interior é mais receptivo, talvez pela carência de eventos do gênero. Já nessas capitais a concorrência é bem maior, as pessoas estão acostumadas a assistirem os grande figurões, é mais difícil convencê-los que um "fulano" tem talento.

Seu personagem Conrado foi inspirado em algum São Paulino ou qualquer semelhança é mera coincidência?
Hahaha, o nome é em homenagem a um amigo gay chamado Darlyson, com apelido Dado. Então o batizei de Conrado, apelido Dado, no início o chamava mais de Dado, hoje prevalece o Conrado. As manias são inspiradas em diversos amigos gays, principalmente as gírias.


Quem você indica para ser entrevistado aqui no DNA do Humor?
Todos os meus amigos: João Valio, Fernando Strombeck, Daniel Murillo, Richard Godoy, Thiago Moura, Carlão Dias e Joel Nikyni.












Esse foi o DNA do Humor com o querido Osvaldo Barros! Quero muito agradecer ao Osvaldo por ter participado e só desejo mais sucesso para ele =) Espero que vocês tenham gostado, Qualquer dúvida, crítica ou sugestão, por favor, enviem aqui! Semana que vem tem mais! Um ótimo 2012 para todos!

Um comentário:

  1. Adorei a entrevista,o Osvaldo tem muito talento e com certeza vai longe...
    Parabéns!E além disso é mto lindo tbm.
    Beeijo!

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