É com muita alegria que apresento o entrevistado dessa semana aqui no DNA do Humor... com vocês: Leonardo Reis, Gigante Léo! Ele que é mestre em Engenharia de Software, está no Stand Up desde 2010 e já passou por grandes grupos de comédia do Brasil, como o Comédia em Pé, Comédia Ao Vivo e o Comédia Carioca. Só em 2011, o Gigante Léo foi vice-campeão do Campeonato de Stan Up do Risadaria, foi entrevistado pelo Jô, se apresentou no Faustão, participou de programas de TV como Os Caras de Pau, Agora é Tarde, Tudo é Possível e A Praça é Nossa e escreveu O Grande Livro dos Anões. Como vocês podem ver, o currículo do humorista é recheado de coisas boas! Que 2012 seja cheio de projetos e realizações na carreira desse grande nome do humor! Confiram a entrevista e divirtam-se ;)
Por que você escolheu ser humorista?
Não escolhi ser humorista, pois eu acho que o humor é um estado de espírito. Técnicas e a prática certamente lhe ajudarão a aprimorar a sua forma de fazer humor. Mas humor, como quase tudo na vida, é um dom. Comecei fazendo teatro, naturalmente senti mais afinidade pela comédia, e quando eu vi já tinha virado humorista. Eu ousaria dizer que não fui eu quem escolhi, mas o humor quem me escolheu.
Na sua opinião, por que piadas envolvendo celebridades/artistas da mídia são tão usadas no cenário do stand up? Elas arrancam grandes reações do publico?
O stand up fala do cotidiano, do que é comum ao mundo de quem está contando quanto de quem está assistindo. Quando conseguimos encontrar esse ponto de intercessão, o riso acontece. E as celebridades/artistas são, muitas vezes, esse lugar comum das duas partes.
Ultimamente, algumas pessoas têm se revoltado muito com algumas piadas e,consequentemente, criticando o humor atual. Por que você acredita que isso está acontecendo?
É claro que tudo na vida tem seus limites, e o humor não foge a esta regra. Porém, acredito que, por vezes, há exageros na crítica do humor. As pessoas estão levando muito a sério o humor. Um grande exemplo são "Os Trapalhões" na época do quarteto clássico (Didi, Dedé, Mussum e Zacarias) que hoje em dia não poderia ser exibido todos os quadros na TV, pois seria politicamente incorreto demais. E ninguém nunca achou, na época, um humor agressivo.
Pra você, o que não tem graça?
A política nacional. O que eles fazem no Congresso e no Senado, aquilo sim é humor negro.
Quem são seus ídolos no humor?
Tenho vários ídolos: Chico Anysio, Jô Soares, Costinha, Leandro Hassum, Marcius Melhem e Fábio Porchat.
Como foi participar do Campeonato de Stand Up do Risadaria? Esse concurso foi importante para a sua carreira? Sim, eu diria que o Risadaria foi um grande divisor de água na minha carreira de humorista. Graças a ele, pude mostrar meu trabalho para todo o Brasil e ampliar os horizontes. Participei do "Programa do Jô" e do "Faustão" e fui chamado para fazer show em outros estados, como: SP, PR, SC e ES.
Qual seu conselho para quem vai participar desse concurso?
Prepare-se da melhor forma que você puder. Não invente a roda e use os textos que você já testou e sabe que funcionam. E quando entrar no palco, sigam o conselho que recebi do Marcelo Madureira: "Saboreie a apresentação. Curta ao máximo, pois este é o seu momento".
Como surgiu a ideia de escrever o ‘’Grande livro dos anões’’? Por ser anão, você já foi prejudicado na sua profissão?
A ideia de escrever o livro surgiu no Risadaria, quando a editora Matrix, que curtiu o meu texto de stand up, propôs que eu escrevesse um livro de humor sobre anões. Se anão nunca prejudicou minha profissão, nem no lado artístico e humorístico; nem na minha profissão de Analista de Sistema. O preconceito está muito mais na cabeça da própria pessoa, do que no mundo externo.
Tem algum assunto que você não faria piada?
Evito fazer piadas sobre tragédias, sobretudo se ela for muito recente, bem como assuntos que ofenderão a plateia. Por exemplo, não faria piadas de judeus numa Sinagoga. Pois a partir do momento que a piada vira uma ofensa, ela perde seu propósito.
Qual foi o melhor show que você já fez na sua vida?
Vários shows foram inesquecíveis, como por exemplo o meu primeiro Open Mic com o Comédia Carioca e com Comédia em Pé, embora, tecnicamente falando, não foi um dos melhores. Mas os que mais me marcaram foram: a gravação do DVD do Paulinho Gogó na ViaShow, com casa lotada, e uma pequena participação surpresa que fiz na peça "Nós na Fita" de Leandro Hassum e Marcius Melhem no Vivo Rio.
Você já teve que lidar com alguma pessoa inconveniente na plateia? Como reagir nessas horas?
Já tive sim. Comediante, sobretudo de stand up, tem que está sempre atento e ter uma resposta rápida para qualquer manifestação de alguém da plateia. Isso é muito natural e já aconteceu várias vezes. Porém, eu me apresentei com um grupo, num bar, que tinha uma mulher extremamente bêbada. Quando ela começou a "puxar assunto", fui cortando com piadas, mas ela não parava. Quando eu vi que não adiantaria nada, pois ela não estava tendo a menor noção do que estava acontecendo a sua volta, continuei meu show e ignorei que ela estava falando. Foi um pouco desagradável.
Quem você indica para ser entrevistado aqui no DNA do Humor?
Alguns dos meus ídolos do humor.
Recado do gigante:
Meu recado, que costumo deixar sempre ao final dos shows, vem de uma frase que está no meu site: "Todos somos iguais, apenas temos dificuldades diferentes". Com isso, a melhor maneira de superá-las, com toda certeza, é com o humor. Por isso, ria dos seus problemas. E se ele mesmo assim insistir em ignorá-lo e virar as costas para você, passe a mão na bunda dele. Quem quiser conferir onde estarei me apresentando, a melhor forma é acessar o meu site. E para quem ainda não comprou meu livro "O Grande Livro dos Anões" da Editora Matrix, não perca tempo e compre logo, antes que ele esgote!
Esse foi o DNA do Humor com o Gigante Léo! Adorei entrevistá-lo e gostaria de deixar registrado aqui o meu muito obrigada a esse grande talento do nosso humor! Espero que tenham gostado e semana que vem tem mais =) Qualquer crítica, sugestões e afins, por favor comentem aqui!
Adorei, muito legal a edição da entrevista.
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